desafios novos síndicos

Os desafios dos novos síndicos

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Por Danilo Vivan

A Era aposentado-síndico, aquele senhor ou senhora de mais idade que geria um condomínio com base em poucas ferramentas e conhecimento empírico parece estar com os dias contados. Os síndicos deste início de século XXI são, em geral, mais jovens e possuem mais educação formal que os gestores de condomínio de algumas décadas atrás. Esse aumento da capacitação, por outro lado, foi acompanhado por desafios também maiores. “O síndico dos dias de hoje precisa ser versátil, firme e, principalmente, ter conhecimento multidisciplinar para administrar essas verdadeiras cidades, que são alguns condomínios”, afirma o vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Hubert Gebara.

Neste dia do Síndico, Gebara fala, em entrevista ao Sonho do Primeiro Imóvel, dos desafios dos novos síndicos:

Sonho do Primeiro Imóvel (SPI) –  Qual é, hoje em dia, o principal desafio dos síndicos?

Hubert Gebara (HG) – Tecnologia e relacionamento são os principais desafios dos síndicos e estão exigindo cada vez mais atenção, bom senso e paciência. Ele precisa ser versátil, firme e, principalmente, ter conhecimento multidisciplinar para administrar essas verdadeiras cidades, que são alguns condomínios. Profissionalismo, zelo pelo patrimônio comum e aqueles atributos que influenciam no bom relacionamento entre os condôminos são desejáveis para aquele que se dispõe a gerir essa comunidade. Para isso, deve contar com o auxílio de uma administradora, que o ajudará a cumprir todas as suas tarefas com segurança.

SPI – Há uma mudança no perfil dos síndicos em relação ao que havia há alguns anos?

HG – O síndico hoje é mais bem informado. Antes, essa função era ocupada por aposentado; hoje, percebemos que a faixa etária do síndico diminuiu, e isso é inversamente proporcional ao grau de instrução, ou seja, o “novo” síndico não é mais amador: além de mais jovem, ficou mais graduado. O acesso à informação é um diferencial. Vemos um síndico que busca por uma solução inovadora para gerenciar melhor seu condomínio, a fim de proporcionar maior transparência e agilidade à sua gestão.

SPI – Quais as principais evoluções em relação à atividade nos últimos anos?

HG – Dada a complexidade dos novos empreendimentos, como os condomínios-clube, a função de síndico tornou-se ainda mais desafiadora. Além das tarefas usuais, ele precisa administrar outros serviços, o que exigirá mais conhecimento, comprometimento, maior capacidade de gestão da estrutura física e das pessoas, paciência, compreensão, responsabilidade e empatia.

SPI –  Como a tecnologia tem ajudado na gestão?

HG – As virtudes  do  síndico atestam a capacidade da categoria para enfrentar, com sucesso, a complexidade da função em tempos tecnológicos. O síndico hoje está diante de  um grande desafio  inerente ao moderno mercado imobiliário. Mas nada disso valeria  se os síndicos não fossem  abnegados. Sem ele, não adianta o grau de tecnologia instalado.

SPI – Que tipo de curso ou formação se recomenda ter hoje em dia?

HG – A Universidade Secovi possui vários cursos para quem deseja ingressar ou se aperfeiçoar na função de síndico. Um dos cursos é o de Administração de Condomínios. A próxima turma está programada para março de 2017. São ministradas aulas de conceito, estrutura, legislação, organização e funcionamento do condomínio edilício; assembleia condominial; gestão e administração do condomínio; administração financeira; gestão de pessoas, do sistema de manutenção predial, de reformas e alterações de uso e de riscos; sistema de segurança contra incêndio; cobrança extrajudicial e atendimento aos clientes. O conteúdo contribui para que o corpo diretivo do condomínio e de profissionais da área tomem decisões mais embasadas no dia a dia e consigam fazer uma gestão com maior conhecimento técnico, minimizando os riscos de problemas para os condomínios.

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