Perda de grau de investimento é resultado de uma política fiscal e econômica errante, diz SindusCon-SP

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Consequência será recessão mais dura e prolongada com impacto pelo menos até 2017, em especial no emprego

Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

A perda de grau de investimento do Brasil terá impacto muito grande na construção civil avalia o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). “É um cenário terrível para um setor como o nosso que representa 50% do investimento do PIB nacional e precisa intensamente de crédito para produzir”, diz o presidente do sindicato, José Romeu Ferraz Neto.

Para o SindusCon-SP, a notícia é consequência direta dos erros na política econômica do país e aos desmandos do Congresso com pautas-bomba que oneram ainda mais o orçamento público. “A população e o setor produtivo vão pagar pela política econômica errante e total ausência de uma condução clara no âmbito fiscal”, acrescenta Romeu Ferraz.

Em agosto, o sindicato revisou sua projeção do PIB da construção em 2015, que já apontava para uma retração de 5,5%, para queda de 7%. Em julho, o nível de emprego no setor registrou a 17ª queda consecutiva, desconsiderando fatores sazonais. Neste período, foram cortadas 486,6 mil vagas.

Impacto

O impacto da perda de grau de investimento já estava precificado pelo mercado, porém poderá ser maior em 2016 e 2017. “Construção não reage no curto prazo”, diz o presidente do SindusCon-SP.

Além do fator psicológico, visto que aumenta o clima de insegurança, o setor certamente será afetado por uma menor entrada de capital. “Recessão pode ser mais dura e prolongada e a recuperação será mais lenta.”

O setor aguarda os próximos passos do governo em relação a política de incentivo à habitação pelo Minha Casa, Minha Vida e à preservação de empregos.

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