4 de fevereiro de 2016
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
O cenário imobiliário brasileiro passa por um período de ajustes. Volume de lançamentos em queda e alto nível de estoque de unidades residenciais são algumas das características atuais do setor no Brasil. Além disso, especialistas que acompanham os movimentos do segmento são enfáticos ao afirmar que se trata de um bom momento para negociar e adquirir um ativo. É preciso, porém, estar atento às oportunidades para que um bom negócio não seja desperdiçado.
Para o diretor da RealtON – empresa que trabalha com os estoques das maiores incorporadoras do País –, Rogério Santos, diz que aquele consumidor que está aguardando os preços caírem ainda mais pode ser surpreendido com a falta de boas opões. “Não há como dizer que chegamos ao preço mínimo dos imóveis, mas estamos num patamar que pode ser inigualável no mercado imobiliário”, salienta.
Já o diretor Comercial da RealtON, Bruno Brunard, lembra que se engana, ainda, quem está esperando uma queda ainda maior nos aluguéis. “A ausência de lançamentos pode fazer uma pressão maior sobre os preços uma vez que a demanda vai crescendo de acordo com o crescimento demográfico”, explica.
Os dois executivos concordam, porém, que a decisão de compra está demorando mais a acontecer, mas o consumidor continua investindo em imóveis.
Para Santos, mesmo em momentos de instabilidade política e econômica, a melhor opção de proteção de patrimônio é em ativos duráveis, como os imóveis. Segundo ele, existem muitas pessoas que estão observando o bom momento para compra e não estão deixando de avaliar as opções de adquirir novas unidades, seguindo a máxima de comprar na baixa para ganhar na alta. “Essa é uma das boas razões para quem quer achar boas oportunidades no mercado. Até quando, ninguém sabe”, enfatiza. Ainda de acordo com o executivo, até 2017 haverá um equilíbrio entre oferta e demanda e os lançamentos estarão de volta, ou seja, haverá preços mais altos e quem investiu vai começar a ganhar.
Apesar dos níveis de lançamentos estarem em queda, Santos acredita que aos poucos eles serão retomados. “Empresas sólidas e com gestões equilibradas, mesmo nesse momento de crise, estão cumprindo prazos e entregando produtos com alta qualidade”, salienta. O diretor garante, também, que o problema de atrasos na entrega desapareceu com a nova realidade.
Na opinião Brunard, a demanda segue. “Sempre haverá pessoas comprando, porque o número de casamentos, como o de divórcios, cresce, e as necessidades do consumidor não mudam, todo mundo quer casa própria”, diz. A conclusão do executivo leva em conta os resultados de 2015, um ano considerado ruim para o mercado e no qual a empresa manteve-se estável.
Santos complementa dizendo que, assim como outras indústrias, o mercado imobiliário sofreu uma forte queda e a tendência para este ano é de equilíbrio. “Deveremos ter uma retomada de mercado a partir do segundo semestre. Existe a expetativa de uma leve recuperação no final deste ano e as incorporadoras precisam reavivar seus negócios com base na nova realidade”, pontua.
Há 3 anos, a RealtON apostou em um novo modelo de comercialização. Isso porque, uma das consequências da diminuição dos lançamentos é o aumento do estoque, expertise da empresa. Brunard calcula que os imóveis de estoque têm valor, em média, 30% inferior e ainda entram em promoções isoladas que melhoram ainda mais os preços, gerando oportunidades de compra, especialmente para quem tem dinheiro na mão.
Em 2015, a companhia iniciou uma operação em Miami e ampliou as vendas no interior, ampliando o leque de produtos em cidades satélite do estado de São Paulo, bem como nas principais cidades da Região Metropolitana.