4 de abril de 2016
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
O departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) divulgou a Pesquisa do Mercado Imobiliário, estudo mercadológico realizado mensalmente pela entidade. Segundo o estudo, em janeiro deste ano foram comercializadas 950 unidades residenciais novas cidade de São Paulo, aumento de 28,9% em relação ao mesmo mês de 2015. Porém, comparado com o total vendido em dezembro do ano passado – 2.865 unidades –, houve queda de 66,8%.
Apesar do melhor desempenho das vendas, em termos monetários – Valor Global de Venda (VGV) –, foi computada retração de 5,4%, de R$ 411,6 milhões para R$ 389,5 milhões. O vice-presidente de Incorporação do Secovi-SP, Emilio Kallas, explica que a queda do VGV está relacionada às dificuldades ocasionadas pela crise político-econômica, que atrapalha o ambiente de negócios e faz com que as empresas, para fazer caixa, ofereçam imóveis com condições mais atrativas e até com desconto no preço.
De acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp) foram disponibilizadas 956 unidades residenciais na cidade de São Paulo no mês de janeiro, 67,4% inferior a dezembro (2.935 unidades) e 75,1% superior ao mesmo mês de 2015.
No ano passado, o mercado imobiliário passou por um ajuste de mercado previsto pelo Secovi-SP, com redução de 37% dos lançamentos, o que significou 12,5 mil unidades a menos do que em 2014. Para o presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, esta fase de ajustes poderá prolongar-se, criando incógnitas em relação ao comportamento do mercado em 2016. “É certo que a recuperação do setor vai depender muito dos rumos do País e da melhoria conjuntural, com aumento da confiança do consumidor e redução do estoque. Caso contrário, o mercado vai continuar a apresentar resultados aquém do esperado”, afirma.
Em janeiro, imóveis de dois dormitórios predominaram em todos os indicadores da pesquisa, com 563 vendas, 526 lançamentos, oferta final de 10.154 unidades e vendas sobre oferta (VSO) de 5,3%, confirmando o bom desempenho desse produto.
Já com relação à área útil, imóveis com média entre 45 m² e 65 m² lideraram lançamentos (500 unidades) e vendas (481 unidades). O índice VSO desse tipo de imóvel ficou em 4,6%.
O melhor desempenho de comercialização, medido pela relação das vendas com a oferta, foi registrado para os imóveis com preços abaixo de R$ 225 mil (VSO de 10,4%), faixa com pouca oferta, mas com bom escoamento. Das 950 unidades comercializadas, 484 (51%) tinham preço entre R$ 225 mil e R$ 500 mil. Esse tipo de imóvel também foi responsável pela maioria dos lançamentos no mês (60%).
A zona Norte da cidade de São Paulo apresentou os melhores resultados: VSO de 5,8%, e 550 unidades lançadas. Nas vendas, a zona Leste foi o destaque do mês, com 247 unidades comercializadas (26,0%).
No acumulado de 12 meses (fevereiro 2015 a janeiro 2016), a zona Leste continua sendo a região com maior quantidade de vendas (6.937 unidades) e lançamentos (7.016 unidades).
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é composta por 39 municípios, sendo a capital paulista o principal deles. Por essa razão, a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP analisa a Capital separadamente. Assim, as demais cidades da RMSP totalizaram 796 unidades vendidas em janeiro, queda de 51,6% em relação às 1.646 unidades comercializadas em dezembro de 2015. Entretanto, quando comparado a janeiro do ano passado, o resultado das vendas foi 34,5% superior.
Os imóveis de dois dormitórios predominaram em todos os indicadores da pesquisa nas outras cidades da RMSP, com 570 unidades vendidas, oferta final de 7.563 unidades e VSO de 7%.
Unidades com maior participação no primeiro mês do ano foram aqueles com área útil entre 45 m² e 65 m², que tiverem 461 unidades comercializadas e encerraram o período com 6.697 unidades em oferta. O desempenho de vendas medido pelo VSO ficou em 6,4% para essa faixa.
Em janeiro, 44,3% das unidades comercializadas foram aquelas com preço de até R$ 225 mil. Essa faixa, inclusive, registrou VSO de 10,6%.