21 de novembro de 2016
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
A Abrainc – Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias – divulgou os dados do mercado relativos a setembro. De acordo com a entidade foram lançadas 7,6 mil unidades no período, uma queda de 25% na comparação com setembro de 2015. Tomando-se como base o acumulado do ano (janeiro a setembro), no entanto, o resultado é um aumento de 8,1%, com 46 mil unidades lançadas.
Em relação aos distratos (devoluções antes da entrega), os números mostram uma queda de 8,1% na comparação setembro de 2016 versus setembro de 2015 (com 3,8 mil unidades devolvidas). No ano, o total de distratos registra queda de 4,4% ante 2015, totalizando 34,1 mil unidades distratadas.
As entregas de imóveis novos, segundo a Abrainc, aumentaram 38% em setembro ante o mesmo período de 2015, com 14,9 mil unidades disponibilizadas aos novos proprietários. No ano, esse indicador apresenta um aumento de 7% em relação a 2015.
Para o diretor da entidade Luiz Fernando Mora, não dá, ainda, para cravar uma tendência de mercado com base nos números. Isso fica evidente quando se avalia, por exemplo, o total de lançamentos, que diminui na comparação mensal, mas aumenta no acumulado do ano.
“O que há é uma pequena melhora na confiança do consumidor, decorrente, sobretudo, de alguma melhoria no cenário político do País. A retomada efetiva do mercado (com aumento do número de lançamentos e das vendas, por exemplo) só deverá ocorrer na medida em que houver uma retomada mais firma da economia, com aumento do emprego e redução dos juros. Afinal, para o comprador, trata-se de assumir um compromisso de longo prazo, o que depende de perspectivas minimamente claras em relação ao emprego, por exemplo”.
Em relação à queda dos distratos, o executivo avalia que houve uma mudança no perfil do público comprador de imóveis – o que, por sua vez, teve impacto nesse indicador. Até 2012 ou 2013 muitos dos compradores eram investidores de curto prazo, interessados, sobretudo, em vender os imóveis no momento da entrega, ganhando com a valorização das unidades entre o momento da compra na planta e a retirada das chaves.
Com a queda do mercado, no entanto, esse tipo de negócio passou a ser desvantajoso e muitos dos investidores tiveram de distratar. Nos últimos anos, no entanto, a grande maioria dos compradores passou a ser de interessados em adquirir os imóveis para morar ou de investidores de longo prazo, públicos, por definição, menos sujeitos à devolução antecipada diante de mudanças na economia.
Fernando lembra, por fim, que um estoque ainda elevado, o momento pode ser bom para a compra. Caso haja sinais mais claros de retomada da economia, os preços tendem a reagir.
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