8 de fevereiro de 2017
Por Danilo Vivan
O pacote de medidas para estimular o financiamento imobiliário por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, anunciado na última segunda-feira (6 de fevereiro) pelo Governo Federal foi bem recebido pelas lideranças do setor.
Entre as novidades anunciadas, estão um aumento da faixa de renda para enquadramento no programa, uma elevação do valor máximo a ser financiado e um acréscimo dos recursos disponibilizados para financiamento. A renda para participação no Minha Casa, Minha Vida será elevada de R$ 2.350 para R$ 2.600 na Faixa 1,5; de R$ 3.600 para R$ 4.000 e de R$ 6.500 para até R$ 9 mil nas Faixas 2 e 3, respectivamente. Já os tetos a serem financiados aumentaram de R$ 225 mil para R$ 240 mil em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal e de R$ 170 mil para R$ 180 mil nas capitais do Norte e Nordeste.
Segundo o governo, o valor destinado ao financiamento deve chegar a R$ 72,9 bilhões, R$ 8,5 bilhões a mais do que em 2016, a maior parte originários do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para o vice-presidente de Habitação do SindusConSP, Ronaldo Cury, as perspectivas são positivas, tanto do ponto de vista de reduzir o déficit de habitação quanto de aumentar os empregos. “O governo acerta ao ampliar o número de pessoas que podem ter acesso ao programa, pois irá atender duas necessidades das famílias: emprego e moradia.” O vice-presidente de Habitação do Secovi-SP, Rodrigo Luna, também elogiou as medidas. “A ampliação do limite da faixa 3, por exemplo, vai trazer para dentro do programa aquelas famílias que foram prejudicadas com a brutal queda de arrecadação da caderneta de poupança nos dois últimos anos, e que ficaram desassistidas”.
Numa demonstração de apoio às medidas, diversas outras lideranças do mercado imobiliário estiveram presentes na solenidade, em Brasília, e destacaram a importância da mudança nas regras.
A meta, segundo o Ministério das Cidades, responsável pelo Programa, é de atingir 610 mil unidades habitacionais contratadas em 2017.