4 de abril de 2017
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, apurou que em janeiro de 2017 foram comercializadas na cidade de São Paulo 622 unidades residenciais novas. O volume é 70,7% inferior ao total vendido em dezembro (2.122 unidades) e 34,5% inferior em relação a janeiro de 2016, quando foram comercializadas 950 unidades. No acumulado de 12 meses (fevereiro de 2016 a janeiro de 2017), as vendas totalizaram 15.842 unidades, uma redução de 22,2% em relação ao mesmo período de 2016, quando foram vendidas 20.361 unidades.
O VGV (Valor Global de Vendas) de janeiro foi de R$ 329 milhões, 69,6% abaixo ddo mês anterior (R$ 1.081,0 milhão comercializados) e 20,4% menor que dezembro de 2016 (R$ 413,4 milhões) – valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) de janeiro de 2017.
O indicador VSO (Vendas sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, foi de 2,6% no mês de janeiro de 2017, apresentando redução de 67,9% em comparação ao VSO de 8,1% do mês de dezembro, e 23,5% inferior ao de janeiro de 2016 (3,4%).
Oferta de imóveis novos – A capital paulista encerrou o mês de janeiro com a oferta de 23.414 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (fevereiro de 2014 a janeiro de 2017). O mês de janeiro apresentou queda de 3,0% em relação ao mês anterior (24.130 unidades) e redução de 13,3% em comparação com janeiro de 2016 (27.014 unidades).
Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou no mês de janeiro de 2017 o total histórico de apenas 52 unidades residenciais lançadas, volume 97,4% inferior ao registrado em dezembro de 2016 (2.017 unidades). Comparado a janeiro de 2016, quando foram lançadas 956 unidades, houve queda de 94,6%.
Motivos da retração – Apesar de os índices de confiança dos consumidores e de empresários terem apresentado resultados positivos em janeiro, a maior dificuldade no lançamento de empreendimentos continua sendo a viabilização econômica e financeira. “É necessário conciliar valor do terreno com custos de construção, impostos e taxas, outorga onerosa, além de ajustar o projeto a parâmetros restritivos da Lei de Zoneamento da cidade. Esses fatores contribuíram negativamente com a forte retração dos lançamentos”, analisa Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação Imobiliária e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
“No início do ano, o mercado imobiliário costuma apresentar números tímidos. Porém, a quantidade de lançamentos deste ano ficou abaixo da normalidade, com apenas 52 unidades em relação às 638 unidades lançadas, em média, no mesmo mês dos anos de 2004 a 2016”, afirma Celso Petrucci.
O presidente do Secovi-SP, Flavio Amary, acredita que, além da tradicional sazonalidade verificada nos três primeiros meses do ano, o resultado de janeiro foi impactado também pelo comportamento do mercado no final de 2016. “Somente o último trimestre registrou o equivalente a 42% do total de unidades lançadas durante todo o ano passado na Capital”, observa. “De qualquer forma, os sinais positivos da economia, ancorados sobretudo pelo conjunto de medidas que vêm sendo adotadas pelo governo federal, reforçam nossa expectativa de que os números do mercado vão começar a melhorar nos próximos meses”, afirma.