19 de junho de 2015
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
Empresas contratadas para obras do Faixa 1 da segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) estão ameaçando parar as obras em todo o País caso o governo não quite os pagamentos atrasados, alerta o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).
Dos R$ 17,5 bilhões orçados para o MCMV, apenas R$ 11,5 bilhões foram aprovados. O último pagamento às empresas foi realizado dia 8 de maio e o valor devido já ultrapassa os R$ 1,2 bilhão. “O governo está fazendo pedalada com capital privado”, reclama o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, Ronaldo Cury.
Um empréstimo do FGTS para o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) é uma alternativa proposta pelo setor para ajudar o governo a pagar os atrasados. O argumento para a ação é que o MCMV, como projeto do PAC, é investimento e, portanto, poderia receber esse recurso.
Entre as demandas urgentes do setor, além do pagamento imediato dos valores devidos estão a reprogramação dos próximos. “As empresas precisam de previsibilidade sob o risco de quebradeira”, reforça Cury. “O MCMV não vai sair enquanto não se definir isso.”
Além do calendário de recebimento, a construção pleiteia a criação uma linha de crédito barata que aceite a nota fiscal de obras como garantia (recebível). “Com a atual conjuntura, baixa taxa de retorno do MCMV e o histórico recente de atrasos da União, o MCMV 3 está fadado a não vingar”, finaliza Cury.