Como escolher um síndico profissional

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Moradores devem avaliar formação e experiência do candidato a gestor. Custos podem ser atrelados ao valor do condomínio

Por Danilo Vivan

Contratar um síndico profissional pode ter benefícios e desvantagens. Experiência com a gestão de condomínios e menos envolvimento com moradores costumam ser vantagens. Menos envolvimento com o dia a dia do prédio e custos mais elevado pesam contra.

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Ponderados os prós e contras, caso a decisão dos moradores seja por contratar um sindico profissional, alguns requisitos devem ser observados na seleção. O primeiro deles é o treinamento. Embora a profissão não seja, ainda, regulamentada, existem treinamentos que preparam para a função. O Secovi-SP, por exemplo, oferece capacitação em Administração de Condomínios (dois módulos e 160 horas). Nas aulas, são abordados temas como normas técnicas, contábeis e trabalhistas. “Muitas pessoas se intitulam síndicas profissionais, mas não têm capacitação. São, por exemplo, advogados que conhecem a parte de documentação, mas têm uma visão compartimentada do assunto. A função exige uma visão mais ampla e outras aptidões, como noções de manutenção”, afirma o diretor de Condomínios do Secovi-SP, Sérgio Meira de Castro Neto.

Sergio Meira

diretor de Condomínios do Secovi-SP, Sérgio Meira de Castro Neto

Outra dica é a de que, por mais eficiente que seja, um síndico profissional é capaz de trabalhar para, no máximo, de 10 a 15 condomínios. É importante os moradores checarem o portfólio do candidato para saber se não está trabalhando para um número maior de empreendimentos e, portanto, não terá tempo para atender bem a todos.

Por fim, como em qualquer contratação de prestador de serviço, vale buscar referência: entrar em contato com prédios para os quais o sindico profissional já trabalha ou trabalhou e buscar opiniões de moradores.

Quanto custa

Em algumas situações, o valor do pagamento é estabelecido com base em múltiplos da mensalidade do condomínio. Por exemplo, se esse valor é de R$ 550 e se define que o pagamento será de três condomínios, o sindico receberá R$ 1650 por mês. Há, ainda, alguns empreendimentos que atrelam o pagamento ao salário mínimo. “Em média, para um condomínio de 32 unidades, o pagamento mensal é de cerca de R$ 3.500”, exemplifica Castro Neto.

O sindico profissional não é, em geral, contratado com carteira assinada. Em vez disso, costuma ser um prestador de serviço que fornece nota mensalmente. O prazo do contrato costuma ser de um ano, coincidindo com a reunião ordinária dos moradores. Também são comuns contratos de dois anos, coincidentes com o que seria o tempo de mandato de um síndico-morador.

O contrato, em geral, estabelece o número de visitas semanais do síndico ao empreendimento (mais visitas de emergência) e um total fixo de participação em reuniões de conselho.

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