8 de abril de 2016
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
A construção civil brasileira registrou queda de -0,83% no nível de emprego em fevereiro, em relação a janeiro, com o fechamento de 23,9 mil postos de trabalho, considerando os fatores sazonais. Desconsiderando efeitos sazonais*, o número de vagas fechadas em fevereiro foi de 32,9 mil (-1,12%). Em 12 meses, já foram demitidos 467,7 mil trabalhadores.
Os dados são da pesquisa realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, afirmou não enxergar uma recuperação do emprego na construção brasileira, no curto prazo. “O setor está desempregando pelo 17º mês consecutivo. Mesmo se, como queremos, a crise política tiver um desfecho rápido dentro da legalidade, novos investimentos ao longo deste ano resultarão em obras mais adiante, e somente então se iniciará uma retomada do emprego”, comenta.
Por segmento, engenharia e arquitetura teve a maior retração (-1,66%) em fevereiro em comparação a janeiro, seguido pelo de imobiliário (-1,15%). No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento imobiliário apresentou a maior queda (-17,73%).
A deterioração do mercado de trabalho afeta todas as regiões do Brasil, sendo que os piores resultados foram observados no Norte (-2,50%), e no Nordeste (-1,01%).
Em fevereiro, o emprego registrou queda de -0,57% em relação a janeiro, considerando efeitos sazonais, com redução de 4.431 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, o declínio no período foi de -1,02% (-7,9 mil vagas).
No período, o segmento de engenharia e arquitetura respondeu pelo pior desempenho (-1,81%). Em seguida, o imobiliário apresentou queda de -1,03%.
O estoque de trabalhadores sofreu retração de 773 mil em janeiro para 769 mil em fevereiro.
Em 12 meses, entre as regionais, Santos apresentou a maior queda, de -14,57%. Na capital, que responde por 45% do total de empregos no setor, a retração no mesmo comparativo foi de -11,53%.
*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano.