Custo da construção se mantém estável em novembro

Expectativa da construção cresce 10,7%, segundo SindusCon-SP

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Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

A expectativa dos empresários da construção em relação ao cenário setorial dos próximos meses cresceu 10,7% (para 36,87 pontos) no último trimestre (agosto, setembro e outubro) em comparação com os três meses anteriores (maio, junho e julho). É o que mostra a Sondagem da Construção realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP).

Apurada trimestralmente pelo SindusCon-SP desde agosto de 1999, a sondagem segue uma escala que vai de “0” a “100”, tendo o valor “50” como centro. Ou seja, abaixo de “50” pode ser interpretado como um desempenho não favorável. A exceção fica apenas por conta do item dificuldades financeiras, cujos valores abaixo de “50” significam dificuldades menores.

Por outro lado, a pesquisa continua indicando que o desempenho das empresas continua em queda, chegando a 24,50 pontos (-2,1% em relação ao último trimestre), novo piso na pesquisa iniciada em agosto de 1999. Desde o mesmo período de 2013, o indicador caiu cerca de 50%, ou seja, é quase a metade do que foi registrado há três anos pela pesquisa, o que reflete o declínio acentuado da atividade desde então.

Segundo o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, os empresários estão acreditando em uma mudança que ainda não se refletiu no ciclo de negócios. “A melhora da confiança em curso está basicamente amparada em medidas anunciadas tanto para a economia como para o setor. Só que não foram efetivadas e ainda levarão algum tempo para repercutir positivamente nos negócios.”

O item Perspectivas de Evolução dos Custos registrou queda de 2,3% em relação ao trimestre anterior e chegou a 50,70 pontos, próximo a fronteira que indica perspectiva não favorável. No plano microeconômico, o empresário passou a lidar com custos que estão subindo menos que a inflação. A avaliação em relação aos custos alcançou em maio um resultado positivo, refletindo esse cenário melhor, mas voltou a cair neste semestre.

Também registrou queda o item Condução da Política Econômica, com – 7,2% na comparação com o último trimestre (42,45 pontos). Mas ainda assim, se mantém em patamar superior ao verificado no ano passado – 13,81, o segundo menor da série histórica.

Por outro lado, o empresário da construção está mais otimista com o crescimento econômico do país. No último trimestre houve alta de 38,1% na comparação com os três meses anteriores. O mesmo comportamento foi percebido na expectativa do empresário com relação a inflação reduzida. Houve elevação de 16,7% na comparação com o trimestre anterior, alcançando 31,66 pontos. Apesar dos resultados positivos, ambos itens ainda estão abaixo do centro de 50.

Por sua vez, o item Dificuldades Financeiras registrou queda de 5,3% (65,05 pontos). Houve um pico em fevereiro e desde então o indicador vem caindo. É importante lembrar que esse item é o único cujos valores abaixo de “50” significam dificuldades menores.

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