25 de maio de 2016
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) está otimista que novas contratações das faixas 2 e 3 do Programa Minha Casa, Minha Vida deverão ser mantidas durante a avaliação de 40 dias a ser realizada pelo Ministério das Cidades.
Isto se deve ao fato destas faixas dependerem de poucos recursos do Tesouro, com seu financiamento centrado no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O SindusCon-SP acredita que as faixas 2 e 3 serão mantidos e poderão ser feitos pequenos ajustes para melhorar o programa.
O sindicato entende que o diagnóstico das finanças do governo que será divulgado na próxima semana pelo Ministério da Fazenda será importante para que o MCMV siga um cronograma e permita às empresas se programarem para investimentos nos próximos meses.
Um estudo recente realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) mostra que se não houver descontinuidade, o programa será sustentável de 2015 a 2018, pois o dispêndio previsto de R$ 7,25 bilhões em subsídios será substancialmente menor que o retorno da execução dos 2 milhões de unidades habitacionais, por meio da arrecadação de R$ 12,98 bilhões em tributos. Ainda segundo o material, se a fase 3 do MCMV for interrompida, deixarão de ser gerados R$ 145,7 bilhões em valor agregado para o PIB, dos quais R$ 79 bilhões na indústria da construção; 2,8 milhões de postos de trabalho não serão criados e R$ 37,3 bilhões em tributos deixarão de ser arrecadados.
O levantamento mostra que, até dezembro de 2015, as 4,157 milhões de unidades habitacionais contratadas no programa envolveram recursos de R$ 287,8 bilhões, sendo R$ 115,8 bilhões em subsídios. Isso deverá gerar R$ 143,8 bilhões de valor agregado no setor e mais R$ 120 bilhões nos demais elos da cadeia produtiva. Resultará numa demanda de 778 mil postos de trabalho por ano e trará uma arrecadação de R$ 66 bilhões, fazendo retornar 83% dos subsídios do Orçamento Geral da União.