18 de novembro de 2016
Por Danilo Vivan
As principais incorporadoras de capital aberto do País iniciaram, na semana passada, a temporada de divulgação de resultados do terceiro trimestre de 2016.
Uma das primeiras a divulgar seus números, a mineira MRV anunciou que comercializou um total de R$ 1 bilhão, configurando o melhor trimestre do ano em termos de vendas. Ao todo, segundo a construtora, foram vendidas no período 9 mil unidades, ante 8,8 no segundo trimestre. “Em 2016, as vendas brutas da Companhia vêm apresentando crescimento recorrente, reflexo do mercado resiliente, lançamentos cada vez mais assertivos e grande demanda”, destaca o comunicado da construtora. Os distratos, que, no terceiro trimestre do ano passado atingiram 35,5% das vendas, diminuíram para 22,8%.
Outra incorporadora que apresentou resultados foi a EzTec. A companhia não realizou lançamentos no terceiro trimestre, mantendo, segundo documento divulgado, um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 143,3 milhões lançados no ano – foram lançados dois empreendimentos em 2016, ambos em São Paulo.
Na Cyrela, os resultados mostram um total de cinco lançamentos no terceiro trimestre (um a menos que no mesmo período de 2015), com um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 452 milhões, somando R$ 1,6 bilhão no ano. As vendas no trimestre alcançaram R$ 573 milhões, sendo a maior parte (R$ 296 milhões) correspondentes a estoques e o restante a lançamentos. No ano, as vendas totalizam R$ 1,7 bilhão.
A Even lançou três empreendimentos no segundo trimestre (dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul), totalizando R$ 385 milhões em VGV. No ano, a incorporadora totaliza mais de R$ 710 milhões em VGV. O comunicado distribuído aos investidores indica que cerca de 50% desse total já está comercializado. O documento destaca, ainda, que “a companhia continua privilegiando a venda das unidades em estoque, sendo que o lançamento de novos projetos está condicionado às condições de mercado de cada praça e segmento de produto.”
A Gafisa apresentou um total de R$ 736 milhões em lançamentos (considerando os segmentos Gafisa, com R$ 411 milhões e Tenda, incorporadora também pertencente ao grupo e focada em público de baixa renda, com R$ 325 milhões em lançamentos). Foram 13 projetos lançados, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Bahia. A construtora destaca que a chamada Venda Sobre Oferta (VSO) chegou a 14,2% no período.
A Rossi não realizou nenhum lançamento, deixando claro que pretende manter essa postura até que as condições econômicas permitam que sejam gerados retornos superiores aos riscos assumidos no mercado imobiliário. O Valor Geral de Vendas da companhia atingiu, no terceiro trimestre, um total de R$ 406 milhões. Ao todo, a empresa entregou no ano 4,6 mil unidades.
Por fim, uma das apresentações mais aguardadas pelos analistas de mercado, a PDG informou um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no período. A empresa informa, em seu comunicado, que vem adotando uma série de medidas para a melhoria de sua saúde financeira, tais como reestruturação de dívidas, aceleração de venda de ativos e esforço na venda de estoque.
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