22 de outubro de 2015
Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel
A Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC 2013) divulgada ontem (21/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o PIB das empresas somou R$ 170,1 bilhões no período, em comparação a 2012. Desse montante, a maior parcela corresponde ao segmento de edificações (40%), seguida por infraestrutura (38,6%) e serviços especializados (21,3%).
Na avaliação do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), esses números mostram que os anos de crescimento chinês da construção ficaram para trás. Descontada a elevação dos preços setoriais medida pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC-DI), o valor adicionado pelas empresas representou uma queda de 1,6%, a primeira desde 2008.
“Por essa pesquisa é possível perceber que já em 2013 começou a se desenhar um quadro de arrefecimento do nível de atividade na construção civil”, afirmou o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan. Mas esse quadro, segundo ele, poderia ter sido revertido se a condução da política macroeconômica, especialmente na questão fiscal, tivesse sido conduzida de uma forma mais eficaz.
A retração do PIB das empresas decorreu em grande parte do resultado do encerramento do ciclo de obras do mercado imobiliário de 2010 e 2011 e do desempenho fraco do segmento de infraestrutura em 2013.
A PAIC 2013 analisou 111,9 mil empresas no país, que foram responsáveis pela ocupação de 2,961 milhões de pessoas. A maior parte das empresas (47%) são de pequeno porte (até quatro pessoas), enquanto as empresas com 30 ou mais representam 11% do total. No entanto, as empresas com 30 ou mais pessoas respondem pela maior parcela do VA (78%). A pesquisa mostra ainda que a região Sudeste se mantém com maior participação no VA total das empresas (59%), seguida pelo Nordeste (15,7%).