Pesquisa Secovi registra aumento em vendas e lançamentos de imóveis novos em junho

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O mês foi o melhor de 2016 em volume de comercialização

Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, em junho foram vendidas 2.097 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O volume é 98% superior ao total vendido em maio (1.059 unidades). Porém, comparativamente às 2.588 unidades comercializadas no mês de junho de 2015, o resultado foi 19% inferior.

No primeiro semestre do ano, foram vendidas 7.194 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo, volume 25,5% inferior quando comparado com o total de 9.658 unidades comercializadas no mesmo período de 2015 (janeiro a junho).

A capital paulista encerrou o mês de junho com a oferta de 24.609 unidades não vendidas disponíveis. A oferta é formada por imóveis na planta, em construção e prontos (estoques), lançados nos últimos 36 meses (de julho/2013 a junho/2016).

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou um total de 2.178 unidades residenciais lançadas no mês de junho, volume 86,8% superior ao de maio passado (1.166 unidades) e 4,1% superior ao mesmo mês de 2015 (2.092 unidades).

Nos primeiros seis meses de 2016, os lançamentos totalizaram 5.731 unidades residenciais na Capital, o que representou queda de 42,8% em relação a igual período de 2015 (10.027 unidades).

Mudança – O lançamento de empreendimentos maiores foi um dos motivos da reação do setor no mês de junho. O economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, explica que de janeiro a maio, foram lançados 54 empreendimentos, com média de 66 unidades cada. Em junho, no entanto, foram lançados 12 empreendimentos, com média de 182 unidades, totalizando 2.178 novas unidades.

Também colaboraram com os bons números de junho, os lançamentos de unidades em faixas de preços e regiões economicamente mais acessíveis: 81% dos lançamentos na faixa de preço até R$ 500 mil e 58,6% deles na Zona Leste.

Equilíbrio – No mês de junho, houve equilíbrio entre a quantidade de lançamentos (2.178 unidades) e o volume de vendas (2.097 unidades), o que, somado à constatação de que os consumidores vêm respondendo positivamente às mudanças no cenário político-institucional brasileiro, ajudou a melhorar o desempenho do setor. “Esse comportamento pode ser comprovado, por exemplo, pelo Índice de Confiança do Consumidor, que registra aumentos sucessivos desde abril, quando estava em 64,6 pontos (o menor da série histórica) e chegou a 76,7 pontos em julho”, afirma Petrucci.

Porém, o desempenho de junho ainda não caracteriza uma reação do mercado imobiliário. “Em julho, sazonalmente, os números de lançamentos e de vendas costumam ser inferiores, devido às férias escolares”, explica o economista-chefe do Secovi-SP.

Transição – O vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emílio Kallas, lembra que persistem os impactos urbanísticos nas atividades do setor, em função das alterações ocasionadas pelo Plano Diretor Estratégico e a Lei de Uso e Ocupação do Solo, dificultando a viabilização de novos empreendimentos na capital paulista.

Considerando o momento de transição governamental do País, os subsídios dos dados históricos da Pesquisa do Mercado Imobiliário e as atuais restrições de financiamentos impostas pelos bancos aos incorporadores e consumidores, o presidente do Sindicato, Flavio Amary, acredita que a reação do mercado deve ocorrer lenta e gradualmente, à medida que as expectativas positivas da sociedade forem se consolidando.

“Projetamos mais um ano de retração na cidade de São Paulo, com redução de 20% a 25% nos lançamentos (17 mil a 18 mil unidades) em 2016, comparativamente às 23 mil unidades lançadas em 2015, e queda em torno de 15% nas vendas, encerrando o ano com 16 mil a 17 mil unidades comercializadas”, analisa.

Destaques – O tradicional imóvel de 2 dormitórios predominou em todos os indicadores da pesquisa de junho. Dessa tipologia foram 1.080 vendas, 1.033 lançamentos, oferta final de 9.260 unidades e VSO de 10,4%. Unidades de 1 dormitório também apresentaram bom desempenho: 672 vendas, 737 lançamentos, oferta final de 8.010 unidades e VSO de 7,7%.

Imóveis com metragem entre 45 m² e 65 m² lideraram os lançamentos (1.137 unidades), as vendas (974 unidades) e, consequentemente, responderam pelo melhor VSO (9,5%) – e uma oferta final de 9.332 unidades. Em segundo lugar, ficaram aqueles com menos de 45 m² de área útil, que tiveram 605 unidades lançadas, 688 vendidas, oferta final de 7.232 unidades e VSO mensal de 8,7%.

Unidades com preços entre R$ 225 mil e R$ 500 mil destacaram-se nas vendas (1.033 unidades) e nos lançamentos (1.468 unidades), com VSO de 8,2%. A oferta final nessa faixa, de 11.593 unidades, corresponde a 47% do total de imóveis não vendidos na cidade de São Paulo. O melhor VSO atingiu 24,4%, referente aos imóveis na faixa de preço abaixo de R$ 225 mil, devido à baixa quantidade de oferta (1.679 unidades) em relação às vendas (409 unidades).

Novamente, a Zona Leste apresentou o maior volume de vendas e lançamentos da cidade de São Paulo, com 902 e 1.276 unidades, respectivamente, acarretando no maior VSO (13,6%) dentre as cinco regiões pesquisadas. A maior oferta está na Zona Sul, com 7.254 unidades disponíveis para venda.

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