Retração no PIB do 3º trimestre terá grande impacto na construção

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No setor queda foi superior a 6% e deve provocar nova revisão nas expectativas para 2016

Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

A queda de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre desse ano em relação ao trimestre anterior indica que a economia brasileira segue em recessão. Já na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a queda é ainda mais forte, de 4,5%.

Na avaliação do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP),  o resultado surpreendentemente negativo certamente provocará uma revisão de expectativas com relação ao PIB da construção de 2015 (previsão era de -7%) e de 2016 (igualmente em queda).  Na construção civil, setor sensível ao ambiente econômico, o PIB registrou queda superior a 6% no trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.

“A gravidade da recessão não permite que a crise política se prolongue indefinidamente. Executivo e Legislativo precisam dar um encaminhamento para o reequilíbrio futuro das contas públicas, que possibilite a diminuição das incertezas e a retomada dos investimentos”, afirma o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto.

Além de ser o terceiro trimestre consecutivo de queda, os números dos dois trimestres anteriores para o PIB nacional foram revisados para baixo.  No primeiro trimestre a queda passou de 1,6% para 2%, enquanto no segundo trimestre, o recuo de 2,6% foi revisto para 3%.

Alternativas

Para reverter esse quadro de pessimismo, o SindusCon-SP considera fundamental apontar caminhos para a infraestrutura e mostrar que é possível recuperá-la, melhorando o ambiente de investimento no Brasil.

Diante do atual cenário, o sindicato lançou um estudo inédito que apontou os caminhos para a atração de capital estrangeiro para investimentos em infraestrutura no Brasil. Os resultados foram apresentados no evento “Oportunidades de investimento privado em infraestrutura – Uma saída para a crise – Iniciativas de articulação para a retomada do crescimento”.

De acordo com o estudo, a saída da crise exige que se faça uma opção pela atração rápida de capitais externos para o segmento de infraestrutura. Nesse contexto, a atuação do setor privado é vital na busca de maior eficiência na gestão dos projetos.

O Brasil representa 2,3% do PIB global. A lacuna de investimentos no setor de infraestrutura é da ordem de US$ 500 bilhões. A demanda do país por obras nesse segmento é grande, mas é preciso tornar o ambiente de negócios mais favorável e facilitar as decisões dos agentes econômicos.

“A iniciativa privada precisa se mobilizar para a criação de uma melhor regulagem das PPPs e concessões, aumentando a segurança jurídica, de forma a atrair investimentos para a modernização e ampliação de nossa infraestrutura. Isso impulsionará o crescimento, com a participação ativa da construção civil”, finaliza o presidente do SindusCon-SP.

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