21 de julho de 2015
Por Danilo Vivan
Cada vez mais vistas pelas construtoras como um diferencial para atrair compradores, as academias estão se sofisticando, ganhando novos aparelhos e projetos exclusivos – confira, aqui, matéria publicada sobre o assunto. Mas o que fazer quando se trata de um prédio mais antigo, de 20, 30 anos, cuja área de fitness precisa de um banho de loja para atender à demanda de moradores que buscam entrar em forma sem precisar sair do prédio? O que é necessário e o que é supérfluo?
“Historicamente, as construtoras não pensavam na academia. Ela era relegada à área que sobrava na construção do prédio e recebia equipamentos de uso doméstico, pouco resistentes ao uso constante”, explica o personal trainer Álvaro Paoliello, proprietário da Paoliello Sport Fitness, empresa de consultoria que se dedica ao desenvolvimento de projetos para a montagem de academias. Por isso, é comum hoje que os condomínios mais antigos necessitem de upgrades. “Muitas vezes encontramos aparelhos em estado tão ruim que a única opção é vender tudo para um ferro velho”, ironiza Paoliello.
Antes de começar a reforma e sair gastando dinheiro é bom ter em mente que vale hoje em dia o conceito de que ‘menos é mais’. Em vez de tentar competir com as academias comerciais, enchendo o espaço de aparelhos de musculação, vale a pena deixar espaço livre para a prática de exercícios funcionais, em que se usa a força do próprio corpo em vez de pesos. “O conceito mudou. Hoje em dia, em vez de um aparelho de leg press, os exercícios são feitos por agachamento com o peso do próprio corpo, com a mesma eficiência.”
Alguns equipamentos, no entanto, são indispensáveis. O kit básico inclui uma ou duas esteiras – dependendo do número de moradores do prédio -, duas bicicletas ergométricas, um elíptico, um espaldar (para alongamento), 10 pares de alteres de 1 a 10 quilos, cinco pares de caneleiras de 1 a cinco quilos e uma bola suíça (ou bola de pilates). O único aparelho de musculação que faz parte desse pacote é o chamado dual pulley (semelhante a uma trave, com pesos nas laterais), que permite até 36 variações de exercício.
Para que a reforma seja completa, os gestores do condomínio devem considerar a Instalação de um aparelho de ar condicionado, uma TV e de piso vinílico antiderrapante. “Os mais modernos, imitando madeira, dão um ar moderno à academia”, observa Paoliello.
Dependendo do perfil dos usuários da academia, o mix de equipamentos pode mudar. Num prédio com média de idade mais elevada, por exemplo, uma das bicicletas ergométricas pode ser substituída por uma bicicleta horizontal, mais apropriada para idosos, que permite que se faça exercício quase sentado.
Feitas as contas, o custo da reforma pode variar de R$ 30 mil a R$ 100 mil, valores que, evidentemente, são diluídos no condomínio mensal. Para se ter uma ideia de valores de cada aparelho, uma esteira para academia (mais resistente que as domésticas, destinadas a uma ou duas utilizações por dia) custa de R$ 10 a R$ 15 mil. Já um dual pulley varia de R$ 8 mil a R$ 20 mil.
“O conceito mudou. Hoje em dia, em vez de um aparelho de leg press, os exercícios são feitos por agachamento com o peso do próprio corpo, com a mesma eficiência.”
Custos mais baixos, no entanto, muitas vezes implicam equipamentos de qualidade inferior, menos resistentes a um uso mais intensivo – e que, portanto, exigirão mais manutenção. Uma dica para economizar, segundo o consultor Paoliello, é optar por aparelhos nacionais top de linha, com ótima relação custo-benefício na comparação com os importados, especialmente considerando as recentes altas do dólar.
O serviço de consultoria para a reforma da Paoliello Sports sai por de R$ 5 mil a R$ 10 mil e inclui acompanhamento das obras, indicação dos aparelhos, de equipamento de ar condicionado e iluminação, escolha dos melhores tipos de piso, empresas para manutenção periódica nas esteiras, além de palestra sobre treinamento para os moradores e suporte pelos primeiros 60 dias de funcionamento da nova academia.
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