Setor imobiliário pede implementação do Minha Casa Minha Vida 3

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Por Redação Sonho do Primeiro Imóvel

Ontem, 21/7, representantes do setor imobiliário estiveram no Ministério de Planejamento para acertar detalhes do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “Nosso desejo é que esse encontro seja conclusivo, pois, há seis meses, o setor está em compasso de espera pelo anúncio da fase 3 do programa, que será fundamental para a retomada da atividade das empresas que trabalham com o Minha Casa, Minha Vida”, diz Flávio Prando, vice-presidente de Habitação Econômica do Secovi-SP.

Um dos grandes anseios do setor é que o governo atualize os diversos parâmetros do MCMV. “É premente que haja mudanças nas faixas de renda, de forma a colocar mais pessoas dentro do programa, alocação de mais subsídios e reajuste nos limites dos valores máximos de contratação, que estão completamente fora da realidade na maioria do País, especialmente nas regiões metropolitanas de diversos Estados”, adiciona o dirigente do Sindicato.

O setor, no entanto, pleiteia que os ajustes não sejam ‘cosméticos’, mas sim substanciosos o suficiente para que haja perenidade e horizonte claro de atuação, de forma a evitar o diário esmorecimento do programa.

Ainda segundo Prando, colocar o MCMV 3 em funcionamento é questão de sobrevivência para muitas empresas. “Várias delas investiram pesadamente em tecnologia para que pudessem ter um alto volume de produção. Com a estagnação, toda essa expertise está sendo sucateada e os investimentos realizados, sendo perdidos”, pontua. Neste ano, a construção civil prevê demitir cerca de 480 mil trabalhadores, mais que o triplo dos empregados na indústria automobilística.

Prando lembra que a contratação de 3 milhões de unidades no âmbito da terceira fase do programa foi uma das promessas pétreas de campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. “Para que isso seja cumprido, terão de ser contratadas em torno de 900 mil unidades por ano até 2018. Ocorre que, nos últimos seis anos de programa, foram contratadas aproximadamente 3,9 milhões de unidades, o que dá uma média de 650 mil unidades por ano. Ou seja, é um desafio e tanto que há pela frente para que o governo consiga cumprir a meta estabelecida.”

Como cerca de 50% do volume investido na produção imobiliária retorna aos cofres públicos na forma de arrecadação, Prando sublinha que seria positivo ao governo a implantação imediata das faixas 2 e 3 do programa, que são as que mais geram impostos. “Além de proporcionar superávit fiscal em um momento em que o governo precisa fazer caixa, também haveria a irrigação de mais recursos para a faixa 1, que é a mais subsidiada e atende justamente às famílias de menor renda”, explica

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