8 de setembro de 2015
Por Danilo Vivan
O conjunto de dois prédios paralelos idênticos, ambos com perfil largo e delgado remete ao Congresso Nacional, marca registrada do skyline de Brasília e provavelmente o maior símbolo da arquitetura da capital Federal. Não se trata, no entanto, da sede do Legislativo nacional, mas do Niemeyer Monumental, empreendimento lançado em Niterói pela PDG e um dos últimos projetados pelo genial arquiteto Oscar Niemeyer, morto em 2012. A cidade, por sinal, foi, juntamente com Brasília, uma das escolhidas pelo arquiteto para receber uma parcela significativa de suas obras de traços arredondados – é lá que fica o famoso Museu Arte Moderna (MAM), com linhas que que lembram um disco voador sobre a baía de Guanabara.
Ainda na fase de construção das fundações, o projeto já recebeu três prêmios da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi): Regional (Ademi-Niterói), Estadual e Nacional. Também recebeu o Prêmio Master Imobiliário, da FIABCI-BRASIL, Federação Internacional Imobiliária, e do Secovi-SP.
Nestes tempos em que o setor imobiliário busca diminuir seus estoques, o diretor regional da PDG, Claudio Hermolin, avalia que, juntamente com a localização (em frente à estação das barcas que vêm do Rio de Janeiro), a assinatura de Niemeyer torna o empreendimento menos vulnerável a estes tempos bicudos. “Mesmo em momentos de crise, esse tipo de produto sofre menos, pois possui diferenciais”.
Serão 456 salas comerciais, 35 salas corporativas, um centro de convenções e 293 quartos do Hotel Ibis. A comercialização do espaço começou em abril de 2014.
Atento às exigências do gênio que projetou alguns dos prédios mais representativos da arquitetura brasileira e mundial, Hermolin não ousa cravar uma data para a inauguração. “Construir um projeto póstumo de Niemeyer é uma responsabilidade. É preciso atenção em cada detalhe.”
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